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Nem só de gás vive o xisto: Estados Unidos estão se tornando o maior produtor de óleo do mundo graças a ele



Publicado em: 04/11/2013 16:18:00


Por Pedro Jacobi  
 

 

 


Santo xisto!

Após iniciar a maior revolução energética das últimas décadas quando o gás do  xisto modernizou a indústria americana agora é a vez do óleo do mesmo xisto. A  produção americana de gás e óleo aumentou 3,2 milhões de barris equivalentes de  petróleo ao dia atingindo 12,1 milhões de barris por dia. Somente este aumento é  maior do que o consumo total do Brasil. Isso tudo aconteceu em quatro anos!
Hoje os Estados Unidos já se tornaram os maiores produtores de óleo do mundo  superando a gigantesca Arábia Saudita. É a maior expansão e o segundo maior  surto de desenvolvimento da indústria energética americana.
Tudo graças ao xisto e ao método de extração que permite essa revolução: o  fracking.
Xisto IratiEssas notícias são extremamente importantes para a maior economia do mundo que é  a segunda maior importadora e a maior consumidora de óleo do planeta.
A notícia é, ainda mais interessante pois se trata de óleo razoavelmente barato  e competitivo que está tornando os EUA em exportadores de gasolina e  combustíveis destilados.
Somente os recursos de óleo nos xistos ou folhelhos do oeste americano são maiores do que  todos os recursos dos países árabes. A magnitude destas reservas só será  conhecida após muito investimento em prospecção e pesquisa. Mas, enquanto isso,  os Estados Unidos se fortalecem.
A importância do oil shale como os xistos betuminosos são chamados nos EUA é  simplesmente enorme. O que é muito mais expressivo é o fato de que existem  imensos recursos em vários lugares do mundo como a China, Europa, Argentina e,  naturalmente, no Brasil. Se o mundo começar a explorar esse óleo e gás dos  xistos, veremos uma gigantesca revolução energética que irá reduzir os preços do  petróleo no mundo e inviabilizar todas aquelas fontes de óleo com custos  operacionais mais elevados. Os mais conservadores calculam que temos mais de 3  trilhões de barris contidos nesses xistos. Some-se os outros 2 trilhões de  barris das areias betuminosas e veremos que o óleo será por muitas centenas de  anos a principal matriz energética deste mundo.
O que nós, brasileiros estamos fazendo com os nossos xistos betuminosos que  existem do Norte ao Sul do País? Desde 1972 a Petrobras vem investindo em  processo (Petrosix) e em uma planta piloto em S. Mateus do Sul, no Paraná. Por  décadas fomos os mais avançados nesta área mas nunca conseguimos colocar em  produção um grande projeto. Segundo os dados da Petrobras é possível a extração  desse óleo com preços competitivos em torno de $25/barril. Calcula-se que os  projetos de oil shale mundiais irão custar em torno de $30-40 por barril o que  viabilizará a maioria desses novos projetos. (veja  mais ) . Desde 2010 os custos operacionais já caíram 30% podendo cair ainda  mais com novas tecnologias.

Será que o nosso Governo não percebe a importância desta nova fonte de óleo? Até  quando as autoridades irão repetir as frases lidas em manchetes de que a  exploração do xisto polui as águas subterrâneas? Se isso fosse verdade o sistema  legal Americano estaria inundado de processos contra o fracking, pois somente  nos Estados Unidos já existem mais de 144.000 poços com injeção, e as produtoras  já teriam paralisado as suas operações no país. Mas nada disso está ocorrendo. O  uso de água no processo, que é também, um ponto usado contra a produção é  somente 0,1% da água consumida no Estado do Texas, o maior produtor de oil shale  dos EUA. No Texas 85,5% da água vai para a irrigação e agricultura.

O fato é que as mineradoras estão aperfeiçoando as suas técnicas de  exploração que a cada dia menos impacto causam às águas subterrâneas e ao meio  ambiente.

 O Ministério de Minas e Energia deve  enviar URGENTEMENTE  uma comitiva aos Estados Unidos, China e outros países produtores para  estudar a fundo o assunto e ver quais são as soluções modernas utilizadas na  exploração do óleo do xisto e parar de repetir o que é propagado na mídia  sensacionalista.
Será que iremos perder mais esse momento histórico e entrar no óleo e gás do  xisto quando estes forem inviabilizados por uma nova fonte energética mais  barata?


Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

 
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